Na aula “Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola” busca-se expor como o tema da diversidade cultural/étnica toma novos contornos a partir do final da década de 1990, com a publicação de parâmetros e diretrizes educacionais, além novas leis e definições sobre o tema. Para levantar questões sobre o complexo e urgente desafio de se lidar com as diferenças, que se multiplicam e deslocam no contexto escolar, analisam-se as seguintes categorias: O outro como fonte de todo mal; O outro como sujeito pleno de uma marca cultural e O outro como alguém a tolerar. Profª Daniele Kowalewski
Educação e construção de valores:
- Maior acesso e diversidade;
- As dificuldades de se lidar com a diferença / diversidade / pluralidade/ multiculturalismo;
- A Igualdade e a Diferença.
Algumas categorias para pensarmos:
Segundo Silvia Duschatzky e Carlos Skliar em “O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação”:
- O outro como fonte de todo mal;
- O outro como sujeito pleno de uma marca cultural;
- O outro como alguém a tolerar.
A charge de Tonucci retrata uma avaliação feita pela docente onde a mesma "rotula" os alunos e há somente identificação com o personagem José o qual ela reconhece como o "normal", pois existem semelhanças físicas entre eles.
- Discriminação racial passa a ser definida como “dintinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional”;
- Desigualdade racial ficou definida como “as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens e serviços e oportunidades nas esferas pública e privada;
- População negra é formada por todas as pessoas que se classificam como tais ou como pretos, pardos ou outro termo parecido;
É preciso mostrar que deve haver igualdade na diversidade, grandes compositores conseguiram trabalhar a ideia da miscigenação cultural, desmistificando a identificação da diferença cultural ou racial trazendo a tona a igualdade. Abaixo trecho das letras do Compositor Arnaldo Antunes e Chico Science respectivamente.
"...aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.
americarataís yorubárbaros.
somos o que somos
inclassificáveisque preto, que branco, que índio o quê...?"
inclassificáveisque preto, que branco, que índio o quê...?"
"Somos todos juntos uma miscigenaçãoE não podemos fugir da nossa etnia.Todos juntos uma miscigenaçãoE não podemos fugir da nossa etnia.
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios.
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar."
Nada de errado em seus princípios.
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar."
Histórico e Diretrizes: questões das diferenças como assuntos educacionais.
Constituição de 1988: tema da Pluralidade é abordado.
1996: LDB aborda alguns parágrafos destinados às diferenças com foco na educação indígena.
1998: publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a Pluralidade Cultural passa a ser um dos temas transversais da educação brasileira.
2003: Lei 10 639: obrigatoriedade da história da África e Cultura afro-brasileira em nossas escolas.
2005: Diretriz Curricular Nacional para a Educação Étnico-Racial.
2007: Publicação do Programa Ética e Cidadania com textos de autores consagrados e idéias de atividades para que este trabalho seja contemplado no âmbito das escolas.
2010: assinatura do Estatuto da Igualdade Racial.
Algumas experiências e questões:
- Oficinas com professores e trabalhos em sala de aula: trocas constantes;
- Questões mais polêmicas: as cotas raciais;
- O que fazer na escola quanto a temática da pluralidade?
- Será que nós, educadores, conseguimos lidar com todas as diferenças?
- É possível ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico?
- Afinal, como é possível educar na diferença?
A Profª Daniele Kowalewski termina mais com dúvidas do que com proposições, pois diz que este é um tema em transição e que devemos pensar nas diferenças entre a universalidade dos direitos para todos e nas suas particularidades para que as escolas sejam mais justas.
Bons estudos e a tod@s
Até a próxima !!!!
Até a próxima !!!!
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