domingo, 27 de outubro de 2013

Vídeo-aula 25: Estratégia de Projetos e a Construção da Rede

O objetivo da aula é apresentar as etapas básicas de um projeto escolar e a construção de uma rede. Desde a escolha do tema, passando pela elaboração das perguntas e planejamento docente, a aula mostra imagens da rede de um projeto desenvolvido com crianças de 10 a 11 anos do Ensino Fundamental. Trata-se de uma possibilidade de trabalho apoiada em teorias de complexidade, interdisciplinaridade e transversalidade.
Prof. Ricardo Fernandes Pátaro.
O projeto tem início com a escolha de um tema transversal.

Vamos aqui trabalhar com um exemplo de tema, elaborado para crianças de 10 a 11 anos de idade, a partir do artigo XXVI da Declaração dos Direitos Humanos.
*Aproximação ao tema: imagens, informações para aproximar os alunos à problemática;
*Os alunos definem temáticas mais específicas que gostariam de estudar;
*Discussões e reflexões para a escolha de uma temática levantada;
No caso do projeto citado, os alunos escolheram os seguintes temas:
*Crianças fora da escola no Brasil;
*Educação para paz e respeito;
*Crianças que não tem escola perto da sua casa;
*Trabalho infantil e educação no Brasil;
*Dificuldades nas escolas públicas.
O tema escolhido pelos alunos foi: “Trabalho infantil e educação no Brasil”.
A partir do interesse dos alunos, ocorre a elaboração de perguntas sobre a temática específica que foi escolhida.

Após as perguntas serem elaboradas, os professores ligam a temática aos conteúdos necessários e possíveis de todas as disciplinas, de maneira transversal.
- O projeto segue com atividades e pesquisas, buscando respostas às perguntas das crianças;
- A Rede promove registro de percurso das atividades e relação entre as disciplinas
curriculares;
- Exemplos de atividades de Matemática, Ciências e Língua Portuguesa.
Etapas de um projeto:
*Escolha de tema amplo relacionado à formação de valores;
*Estudos de aproximação ao tema;
*Escolha de temática mais específica para ser estudada;
*Elaboração de perguntas partindo do interesse dos alunos;
*Planejamento docente das estratégias e metodologias, articulando as perguntas aos conteúdos disciplinares;
*Busca coletiva de respostas às perguntas do projeto.
Bons estudos a tod@s e 
Até a próxima !!!!

Vídeo-aula 26: Estratégia de Projetos e Educação em Valores

Nesta aula, são apresentados exemplos de atividades desenvolvidas em um projeto escolar que almejava a formação ética de futuros cidadãos e cidadãs. A busca de respostas às perguntas da rede evidencia como a estratégia de projetos possibilita que as disciplinas escolares relacionem-se entre si e ao tema transversal na construção de um conhecimento multidimensional que não se justifica por si mesmo, mas tem a intenção de levar alunos e alunas a conhecer e transformar o mundo em que vivem.
Prof. Ricardo Fernandes Pátaro.
Destaco o livro "A arte da guerra" pelo fato de Sun Tzu trabalhar, em primeiro lugar, com estratégias, táticas, o pensamento e avaliação antes de qualquer ação
Em nossa prática educativa precisamos ouvir, levantar informações, identificar possíveis parceiros, mapear o terreno (comunidade), entre outros, para iniciarmos a desenhar um plano de ação.
Não podemos nos esquecer do trabalho em equipe e motivação, para tal destaco trecho do filme "Duelo de titãs". Confira no link abaixo.

Então, podemos dizer que são muitos os caminhos que um projeto transversal percorre. Devemos iniciar a partir de um tema transversal, atingindo a maior quantidade possível de disciplinas e também a maior quantidade de possível de atores envolvidos.

Bons estudos a tod@s e
Até a próxima !!!!

Vídeo-aula 24: Diversidade/pluralidade cultural na escola

Na aula “Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola” busca-se expor como o tema da diversidade cultural/étnica toma novos contornos a partir do final da década de 1990, com a publicação de parâmetros e diretrizes educacionais, além novas leis e definições sobre o tema. Para levantar questões sobre o complexo e urgente desafio de se lidar com as diferenças, que se multiplicam e deslocam no contexto escolar, analisam-se as seguintes categorias: O outro como fonte de todo mal; O outro como sujeito pleno de uma marca cultural e O outro como alguém a tolerar. Profª Daniele Kowalewski
Educação e construção de valores:
  • Maior acesso e diversidade;
  • As dificuldades de se lidar com a diferença / diversidade / pluralidade/ multiculturalismo;
  • A Igualdade e a Diferença.
Algumas categorias para pensarmos:
Segundo Silvia Duschatzky e Carlos Skliar em “O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação”:
  • O outro como fonte de todo mal;
  • O outro como sujeito pleno de uma marca cultural;
  • O outro como alguém a tolerar.

A charge de Tonucci retrata uma avaliação feita pela docente onde a mesma "rotula" os alunos e há somente identificação com o personagem José o qual ela reconhece como o "normal", pois existem semelhanças físicas entre eles. 



  • Discriminação racial passa a ser definida como “dintinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional”;
  • Desigualdade racial ficou definida como “as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens e serviços e oportunidades nas esferas pública e privada;
  • População negra é formada por todas as pessoas que se classificam como tais ou como pretos, pardos ou outro termo parecido;
É preciso mostrar que deve haver igualdade na diversidade, grandes compositores conseguiram trabalhar a ideia da miscigenação cultural, desmistificando a identificação da diferença cultural ou racial trazendo a tona a igualdade. Abaixo trecho das letras do Compositor Arnaldo Antunes e Chico Science respectivamente. 



"...aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.
somos o que somos
inclassificáveis
que preto, que branco, que índio o quê...?"


"Somos todos juntos uma miscigenaçãoE não podemos fugir da nossa etnia.Todos juntos uma miscigenaçãoE não podemos fugir da nossa etnia.
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios.
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar."

Histórico e Diretrizes: questões das diferenças como assuntos educacionais.
Constituição de 1988: tema da Pluralidade é abordado.
1996: LDB aborda alguns parágrafos destinados às diferenças com foco na educação indígena.
1998: publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a Pluralidade Cultural passa a ser um dos temas transversais da educação brasileira.
2003: Lei 10 639: obrigatoriedade da história da África e Cultura afro-brasileira em nossas escolas.
2005: Diretriz Curricular Nacional para a Educação Étnico-Racial.
2007: Publicação do Programa Ética e Cidadania com textos de autores consagrados e idéias de atividades para que este trabalho seja contemplado no âmbito das escolas.
2010: assinatura do Estatuto da Igualdade Racial.
Algumas experiências e questões:
  • Oficinas com professores e trabalhos em sala de aula: trocas constantes;
  • Questões mais polêmicas: as cotas raciais;
  • O que fazer na escola quanto a temática da pluralidade?
  • Será que nós, educadores, conseguimos lidar com todas as diferenças?
  • É possível ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico?
  • Afinal, como é possível educar na diferença?
A Profª Daniele Kowalewski termina mais com dúvidas do que com proposições, pois diz que este é um tema em transição e que devemos pensar nas diferenças entre a universalidade dos direitos para todos e nas suas particularidades para que as escolas sejam mais justas.
Bons estudos e a tod@s
Até a próxima !!!!


Vídeo-aula 28: O fenômeno do Bullying

A aula aborda o conceito de Bullying (ou violência moral) esclarecendo o fenômeno que, embora presente há tempos na sociedade, vem preocupando aos educadores pela incidência crescente entre crianças e jovens. A partir de uma retomada histórica, propõe uma reflexão sobre o tema, apresenta a situação no Brasil e aponta alternativas para o manejo das situações que envolvem o fenômeno, assim como, ações preventivas que podem minimizar a incidência do problema nas escolas.
Profª Kátia Pupo.
Algumas ações estão incluídas no fenômeno do bullying, como:
  • Humilhações
  • Difamação
  • Constrangimento
  • Menosprezo
  • Intimidação
  • Ameaças
  • Exclusão
  • Perseguições
  • Agressão física
  • Roubo
A seguir, o vídeo conta a história de um estudante australiano, de 15 anos, que virou sensação na internet falou pela primeira vez sobre as imagens em que aparece revidando agressões de um colega de escola. Em entrevista a uma emissora de TV da Austrália, Casey Heynes conta ser vítima de bullying há três anos.
Eles sempre me chamavam de gordo e diziam para perder peso. Davam tapas na minha nuca e faziam eu tropeçar e cair - diz Casey


Sugiro também o filme: "Precisamos falar sobre o Kevin" (link abaixo)
Sinopse e detalhes:
Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.

Bons estudos a tod@s e
Até a próxima !!!

Vídeo-aula 27: Práticas de cidadania

A elaboração e desenvolvimento de projetos de atenção à comunidade, e seus pressupostos psicossociais, são a base desta vídeo-aula da Profa. Patrícia Junqueira Grandino.

CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PARA O
ATENDIMENTO EM PROGRAMAÇÃO DA SAÚDE
  • Reconhecimento do sujeito humano ampliado pela compreensão psicológica, emocional; resultado do entrecruzamento das dimensões histórico-cultural, biológica, inter e intrapessoal;
  • Reconhecimento das formas de produção de subjetividade que implicam em crenças e determinam posturas e modos de agir nos sujeitos;
  • A relação entre o saber oficial (científico, médico) e o saber popular, precisa ser
    mediado pela compreensão do sentido construído pelo sujeito (e seu grupo) e
    pelas representações que subjazem a esse saber;
ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DE ATENÇÃO DIRETA
  • Reconhecimento, caracterização e contextualização do campo;
  • Estabelecimento de parcerias com comunidades-alvos e seus representantes;
  • Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas;
  • Problematização das demandas e definição dos temas dos projetos.
ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

  • Objetivos;
  • Definição do público;
  • Metodologia e estratégias de intervenção;
  • Resultados esperados;
  • Cronograma.



Essa fotografia refere-se a uma cena do filme "Quanto vale ou é por quilo?", filme nacional que trata a questão do trabalho de ONGs em comunidades carentes mas que nem sempre o projeto desenvolvido é o mais adequado às demandas das comunidades envolvidas.

O filme faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

No link abaixo assista a versão completa do filme, disponível no youtube.


Abaixo links de críticas sobre o filme:

http://oolhodahistoria.org/n19/artigos/michelly.pdf
http://marlon1112.wordpress.com/2009/09/07/resenha-critica-do-filme-%E2%80%98quanto-vale-ou-e-por-quilo%E2%80%99/



Bons estudos a tod@s e 
Até a próxima !!!


Vídeo-aula 20: Violência e educação UNIVESP TV: Violência nas escolas

A aula discute a importância do diagnósitco sobre as práticas de violência que acontecem na escola (onde, quem, com quem, contra quem) para construir alternativas de ação, verificando o que a escola pode fazer e quais os parceiros (conexões) necessárias.
Profª Flavia Schieling
Não é fácil falar sobre violência, até a definição de violência causa tais dificuldades.
O vídeo a seguir trata-se de um documentário que  retrata a diferente realidade entre escolas públicas de regiões periféricas brasileiras e uma escola particular de SP. Relata ações de violência praticada por alunos.


Mais vídeos para reflexão sobre violência:


Quais são as violências que aparecem na escola?
  • Violência – Situações de ordens distintas contidas numa mesma expressão.
  • Violência extra escolar – Ao entorno da escola.
  • À escola cabe o papel de construir conexões com a comunidade, através de projetos.
  • A violência familiar acaba penetrando no comportamento das crianças. Cabe à escola estabelecer conexões com setores da saúde e o Conselho Tutelar, por exemplo.
  • A violência da discriminação é algo muito presente no cotidiano escolar.
  • Não é uma tarefa fácil, afinal a escola enfrenta diversas dificuldades e precariedades. Por isso, o coletivo deve estar unido à equipe gestora e à responsabilidade do governo, seja ele municipal ou estadual.
Obviamente, entendemos que a violência tem muitas fontes e muitas formas. Infelizmente em um ambiente escolar "as violências" se mostra presente o tempo todo. Essas violências surgem na forma verbal, física, psicológica etc. Dentro dos temas transversais a violência pode ser abordado por diversas óticas, trabalhado com alunos de modo cooperativo e interdisciplinar.

Bons estudos a tod@s e 
Até a próxima !!!

Vídeo-aula 23: Assembleias escolares e democracia escolar

Neste vídeo, produzido pelo MEC e pela TVE, apresenta-se a proposta das assembléias escolares, como o momento institucional da palavra e do diálogo. Sua implementação solicita a transformação das relações interpessoais, ao mesmo tempo que intervêm na construção psicológica e moral de seus agentes. Com as assembléias atinge-se a finalidade de promover a participação das pessoas nos espaços de decisão e de democratizar a convivência coletiva e as relações interpessoais.


Assembleia é o espaço do diálogo para encontrar soluções para os conflitos na escola, concretizando uma escola democrática e participativa.
São propostos três tipos de assembleias:
  • Assembleia de classe: a partir de uma pauta pré-estabelecida são
    apresentadas as críticas, felicitações e soluções em sala de aula e colocadas
    em cartazes. Criticas aos fatos e não às pessoas. A regra de ouvir e esperar a
    vez par falar deve ser colocada;
  • Assembleia de escola ou de curso: participam os representantes de
    todas as turmas, professores, funcionários e a direção da escola. Apresentação
    de uma pauta pré-estabelecida com felicitações, críticas e sugestões. Escrever
    um cartaz mostrando para as classes as decisões tomada durante a Assembleia da
    escola ou de curso.
  • Assembleia docente: uma vez por mês os professores se reúnem com a
    coordenação e direção da escola com uma pauta pré-estabelecida para colocar
    críticas, felicitações e sugestões.

Resumindo as assembleias escolares é lugar-comum a queixa de professores e alunos acerca dos problemas crescentes que envolvem o não cumprimento de regras, a ausência de formas de mediação de conflitos e o desinteresse generalizado pela participação, seja na vida escolar ou pública.O documentário abaixo "Assembléias Escolares" mostra uma versão contemporânea de uma prática que já tem mais de 80 anos: a discussão entre educadores e alunos sobre normas que devem conduzir a convivência escolar. Não se trata de uma panacéia capas de resolver, em um passe de mágica, os incovenientes disciplinares da escola. É antes, um recurso educativo que visa a formar discentes comprometidos com a solução de contratempos, capazes de debater o que lhes agrada ou desagrada e comprometer-se com as medidas propostas.


Segue outro documentário (link) onde é relatado a participação entre professores e alunos para decidirem  e discutirem soluções para problemas existentes na escola.


[Espanha] Documentário: “Paideia, escola livre. 15 anos de educação antiautoritária”

Acesso em http://www.youtube.com/watch?v=DU7k7X7SzmQ

Bons estudos a tod@s e 
Até a próxima !!!!